A Polícia Civil realizou em Limeira, durante a madrugada de ontem, uma operação para fiscalizar bares sem alvarás e que seriam usados no tráfico de drogas, conforme denúncias. Responsável pelas diligências, a equipe da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), em conjunto com a Guarda Municipal e fiscais tributários da prefeitura, prendeu cinco pessoas por tráfico. Um bar e uma boate de shows eróticos também foram fechados durante a operação.
Os cinco presos estão relacionados ao bar, localizado no Jardim Nossa Senhora do Amparo, onde inúmeras denúncias feitas à Dise apontavam o estabelecimento como ponto de venda de entorpecentes. Estavam no bar C.R.C., de 36 anos; sua mãe, D.M.R.C., 54; W.V.L., 32; A.Z., 33; e T.F.B., 25. Todos foram abordados. Com T.F., agentes encontraram três porções de cocaína com uma grama cada e R$ 105. Em três isqueiros que estavam no balcão, também havia droga.
Sem os reservatórios do gás, cada isqueiro escondia três porções de cocaína, embaladas de forma análogas. Anexo ao bar, separada apenas por uma chapa metálica, havia uma residência, onde residem C.R., arrendatário do estabelecimento, a mãe dele, D.M. e W.V., responsável pelo bar.
No quarto de W.V., os investigadores localizaram outras dez porções de cocaína embaladas em papel alumínio, igual às demais e com o mesma quantidade (1g). No total, 22 papelotes foram apreendidos.
No quarto de D.M., mãe do arrendatário do bar, durante as buscas, guardas municipais localizaram cinco munições calibre 38. Todos foram autuados em flagrante acusados de tráfico de drogas e associação para o tráfico, além de posse ilegal de munição pelo delegado Marciano Martin, chefe da Dise. Já os fiscais tributários realizaram um auto de infração e impuseram multa, além de lacrar o bar que funcionava sem alvará.
BOATE
Após a blitz no bar, as equipes da Dise e da GM, assim como os fiscais, dirigiram-se à Boate Cristal, localizada às margens da Rodovia Limeira/Mogi Mirim, já que as denúncias indicavam que C.R., preso na ocasião, distribuía drogas no local. A casa de shows eróticos foi vistoriada, assim como os frequentadores e garotas de programa. Duas ampolas plásticas usadas para embalar cocaína foram encontradas já consumidas, mas com resquícios da droga, no quarto das mulheres, onde também, segundo os policiais, aconteciam os programas sexuais.
A boate foi autuada pelos fiscais e fechada, já que o alvará de funcionamento, que era provisório, encontrava-se vencido. Os dois responsáveis pela casa alegaram já ter requerido a renovação do documento, porém, ainda não tinha sido concedido. Ambos foram autuados por contravenção, referente ao exercício irregular da profissão. Ao registrar o caso, o delegado da Dise salientou não haver condições decentes às 15 mulheres que trabalham e moram em quartos existentes na própria boate, além da constatação da falta de higiene nos dormitórios.