
O trio entrou no carro. Dois estavam armados e obrigaram J. a passar para o banco traseiro. Ao anunciarem o assalto, os ladrões disseram ao vigilante ser presidiários e que estavam de "saidinha" (indulto). Devido a estas condições, "precisavam levantar um dinheiro". Conforme J., trafegaram até que encontraram outra vítima. Eles notaram um rapaz que guardava o veículo na garagem da casa onde mora, na Vila São Luís. Enquanto um dos criminosos ficou vigiando J., os outros dois desembarcaram e foram render o rapaz. O dentista F.A.J., 32, acabou sendo a nova vítima do trio.
O dentista e a esposa foram dominados e, em seguida, mantidos em um dos quartos da residência. Um dos criminosos ficou a vigiá-los enquanto o comparsa recolhia pertences. O assalto durou cerca de 30 minutos. O casal não foi agredido, mas sofreu com o "terror psicológico" empregado pelos assaltantes. Roubaram diversos eletroeletrônicos, cerca de R$ 2 mil, US$ 300, entre outros bens. Tudo foi colocado no próprio carro do dentista - um Ford Ka. Quando fugiram, comentaram com F. que abandonariam o veículo nas proximidades. O dentista conseguiu notar que um Fiat Uno verde teria participado do roubo.
VEÍCULOS
Uma vizinha também percebeu a participação de um carro vermelho. Era o Fiat Uno do vigilante, que foi mantido refém durante e até instantes depois do assalto à residência do dentista. O terceiro assaltante, que ficou com J., logo após o roubo, ordenou que ele assumisse a direção do seu veículo e que o levasse até o Jardim Santa Eulália, onde foi liberado. Antes, porém, teve o celular roubado pelo ladrão.
Além de roubarem o vigilante e o dentista, os mesmos criminosos teriam ligação com o furto do Fiat Uno verde visto durante o roubo à residência do dentista, que foi levado instantes antes aos crimes. O carro do dentista só foi localizado já no início da noite de anteontem, abandonado no Jardim do Lago.